quarta-feira, 22 de julho de 2015

Connectivism: A Communication Theory?


It was left at Downes page (link here). The writer (someone who accessed Downes' page) disagrees that connectivism should be understood as a learning theory. Instead, he believes it is a communication theory. My post was not focusing on this issue specifically, but still I found the replier's point of view quite interesting. Does anyone agree with him?

He wrote: 


As a recognized expert in learning theory (PhD in Instructional Design), I must respond to this question. Connectivism is NOT a "learning" theory. It is a communication theory. Plain and simple. 



In the early days, Siemens (2005) proclaimed that “Behaviorism, cognitivism, and constructivism are the three broad learning theories most often utilized in the creation of instructional environments.” However, I propose that is a misunderstanding. These three are learning approaches, which are independently based upon other learning THEORIES. They are also exclusively tied to a philosophy (i.e., scientific/behaviorist, interpretivist, or pragmatist). One must distinguish between philosophies, theories, and applications. Clearly, based upon the model’s creators, this is all based upon a constructivist view. In the original presentation of the THE MOOC MODEL FOR DIGITAL PRACTICE (McAuley, Stewart, Siemens, & Cormier, 2010), the authors used the constructivist-unique phrase that “creation of knowledge.” For anyone educated in instructional design, or learning theory, this phrase is instantly recognized as a distinguishing trademark of the constructivist point-of-view.


Although learning theories incorporate communication theory (as well as multimedia theory, communication theory, educational psychology, and even organizational psychology), please do not confound the two by claiming that they are all one in the same. When McAuley, Stewart, Siemens and Cormier originally presented their MOOC model, it was not proposed as a learning model, but a communication model based on Internet technology. The major tenets of this model were all based on communication, not adult learning or social learning.

Therefore, as one with a doctoral education in instructional design (adult learning, learning theories, learning models, learning psychology), I am forced to reply that connectivism does not qualify as a learning model. It is a communication model with plenty of merit that should be investigated. But please don’t propagate the mis-notion that educational strategies should be revised to conform to this yet unproven model.

References

McAuley, A., Stewart, B, Siemens, G., & Cormier, D. (2010). The MOOC Model for Digital Practice. Retrieved from http://www.edukwest.com/wp-content/uploads/2011/07/MOOC_Final.pdf

Siemens, G. (2005). Connectivism: A learning theory for the digital age. eLearning Space. Retrieved from http://www.webcitation.org/5bCzNxTAn

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Incorporando Tecnologias Digitais em Aulas Presenciais: Experiência Pessoal e Resistências

Devo publicar futuramente um texto mais detalhado sobre uma experiência pessoal extremamente marcante no meu percurso. Como sabem, dou aulas de inglês há alguns anos e, num certo momento, decidi inovar: experimentei incluir alguns recursos digitais em aulas ministradas a um grupo de nível básico.

Tudo começou após minha ida ao Congresso Internacional da ABED de Educação a Distância (CIAED), onde fui inspirada a apostar cada vez mais na incorporação dos recursos tecnológicos digitais para uma aprendizagem bem sucedida. Afinal, sempre acreditei na "aprendizagem significativa" e nada mais significativo e contextualizado do que a rede nos dias de hoje.

Após receber, no congresso, injeções de inspiração, animação e fé, pensei em um projeto simples, experimental, que incluía recursos digitais em sala e também a utilização de ferramentas digitais pelos alunos fora da sala de aula. A essa "mistura" das modalidades de ensino presencial e online dá-se o nome de Blended Learning. Para compreender melhor esse conceito, deixo-vos um vídeo explicativo (em inglês):



Como eu disse, o projeto em si será apresentado mais adiante. Quero aqui chamar a atenção para outra questão relacionada a esse trabalho que desenvolvi: a resistência da escola e dos outros profissionais que lá trabalhavam. 

Organizei os conteúdos, estruturei atividades, selecionei recursos, desenvolvi um planejamento detalhado e apresentei à coordenação. Então veio a reação inesperada: aprovaram a ideia, mas estabeleceram várias e comprometedoras delimitações. Primeiramente, tive que concordar que as atividades online seriam oferecidas como atividade "extra" a alunos voluntários e sem poderem ser consideradas na avaliação (nota) dos alunos. Além disso, ficou esclarecido que os alunos não poderiam acessar suas redes sociais e outros materiais online dos computadores da escola e nem de seus próprios computadores ou dispositivos móveis enquanto estivessem na escola. Isso é, do meu ponto de vista, estranho, pois o acesso seria para fins educacionais. Porém, a política da escola proibia a utilização de celulares, smartphones, dispositivos móveis em geral ou o acesso a determinados sites pelos computadores lá disponíveis. Portanto, respeitei as determinações e orientei os alunos conforme tais especificações.

A coordenação me deu ainda outra orientação: estabelecer regras rígidas e supervisionar a atividade dos alunos no espaço virtual criado para interação (grupo privado no Facebook). Certamente existiram regras, como o uso obrigatório do idioma inglês, e supervisão das atividades, mas o exercício hierárquico de poder contrariava toda a minha proposta e provavelmente inibiria a participação dos alunos, comprometendo seu aproveitamento. Logo, não convinha seguir a orientação da coordenação, que nitidamente não compreendeu corretamente minha proposta. Felizmente, não houve nenhum problema com o grupo criado na rede social. Muito pelo contrário. Os resultados finais da experiência foram extremamente positivos: 

  • a interação pela internet fortaleceu o vínculo professora-alunos, sensação sentida inclusive nos momentos presenciais.
  • alguns alunos pouco participativos em sala mostraram-se mais participativos nas atividades online.
  • o número de alunos em recuperação nesse último trimestre, no qual o projeto foi desenvolvido, foi reduzido em aproximadamente 91% em relação ao trimestre anterior.

Apesar dos excelentes resultados, a escola não se mostrou interessada pelo trabalho desenvolvido, não incentivou a incorporação das tecnologias digitais nesse ou em outros componentes curriculares, manteve sua postura resistente quanto à utilização de equipamentos e recursos digitais em seu ambiente (mesmo que para fins educacionais) e, portanto, foi altamente desmotivadora de inciativas inovadoras.

Não foi só a coordenação que foi desmotivadora, mas também alguns outros professores que lá trabalhavam e eram fiéis às suas preferências por um modelo educacional tradicional, centralizador, conservador. No início do projeto, compartilhei ideias com alguns colegas e não notei interesse nem apoio. Ao invés disso, cheguei a ser gentilmente aconselhada por uma pessoa com mais anos de carreira a trabalhar apenas com giz, lousa, explicação verbal e livro didático como forma de "poupar trabalho extra". Vou "poupar trabalho extra" e não me estenderei aqui numa argumentação aprofundada de todos os porquês da minha forte discordância com tal "conselho amigo". 

Dessa forma, dei andamento ao projeto, mas guardei para mim as ideias borbulhantes e as alegrias que tive ao comprovar que eu estava no caminho certo. O compartilhamento do sucesso faz parte do que acredito e foi, portanto, bastante pesaroso não poder fazê-lo naquele momento. Importa dizer que pude dar mais asas àquilo que acredito em outros lugares pelos quais passei e também nos quais trabalhei. 

A escola aqui referida e os profissionais que lá encontrei foram responsáveis por me ajudar a crescer profissionalmente. Tive experiências boas, conheci pessoas que me ensinaram coisas importantes, tive também experiências não tão boas, mas que, de certa forma, proporcionaram relevante aprendizado. Lá existem profissionais excelentes, queridos pelos alunos e por mim, e que são bem sucedidos naquilo que se destinam a fazer. Eles apenas fazem diferente de mim. Diferente não é necessariamente ruim, não é necessariamente errado e acredito que a existência de metodologias distintas é fundamental. As tecnologias na educação ampliam possibilidades de ensinar e de aprender, mas não invalidam outras estratégias ou teorias. Acho necessário ir em busca de atualizações, conhecer o novo, estar aberto a mudanças e a experimentar aquilo que tem algum potencial de sucesso, mas isso nem sempre é visto por aí. Essa situação não é exclusiva de uma escola pela qual passei. Na verdade, essa é a situação mais observada mundo afora e é justamente isso o que merece atenção. É justamente essa rigidez da educação que está deixando-a desinteressante, obsoleta.

Até mesmo aquelas escolas e demais instituições de ensino que querem ser reconhecidas como "moderninhas" continuam quase sempre pecando em suas práticas. Talvez, vivenciar tantas incoerências entre teoria e prática seja até mais nocivo para os alunos do que desenvolver-se em um ambiente conservador tanto teórica quanto praticamente. Não sei. É uma hipótese e cada caso é um caso. O que sei é que as TICs se desenvolvem numa velocidade demasiadamente acelerada, dificultando o acompanhamento e o entendimento de tudo o que é novidade. Enquanto uns atentavam-se ao potencial do Orkut e do Messenger na educação, eles foram substituídos pelo Facebook e pelo Whatsapp. Agora nos distraímos com isso, mas, amanhã, as tecnologias predominantes podem ser outras. E já são outras, pois são inúmeras, que concorrem entre si, que são utilizadas simultaneamente e abandonadas num piscar de olhos. Isso assusta muita gente, principalmente os não dispostos a inovar. Mudanças são, na sua grande maioria, difíceis, mas isso não justifica a opção pela mesmice, pois, muito mais do que difíceis, as mudanças são primordiais para qualquer desenvolvimento.