sexta-feira, 19 de junho de 2015

Como Publicar Artigos Científicos

"Publicar ou morrer" é o que aplica aos acadêmicos. 

Quem escolhe a academia tem que saber disso desde cedo. É esperado que se acumule publicações científicas, ainda que desinteressantes tantas vezes, ainda que jamais lidas, ainda que não inovadoras, ainda que só para atender às exigências. Claro, se for inovadora e muito citada em outros trabalhos, melhor! Mas, na realidade, são bem maiores as chances de quase ninguém ler na íntegra aquilo que você gastou tanto tempo e neurônios para escrever. Mesmo assim, não sinta-se frustrado. Acontece nas melhores famílias e também nas piores e nas medianas. Ou seja, acontece quase sempre.

De qualquer forma, se você está decidido a seguir esse caminho, é importante saber algumas coisinhas...

Vou considerar que o autor seja um escritor razoável, já esteja familiarizado com o linguajar dos artigos e saiba elaborá-lo. 


Em primeiro lugar, deve-se escolher em qual revista científica irá publicar aquilo que pretende escrever. Essa escolha é importante, pois cada revista tem suas exigências próprias, como formatação, mínimo e máximo de laudas, categorias de artigos aceitos, etc. Veja se o seu trabalho se adequa às exigências, faça os ajustes necessários, envie o texto e vá viver sua vida, esqueça que submeteu o tal material e não fique ansioso esperando a aprovação/reprovação do mesmo. Isso irá levar tempo. Provavelmente muito tempo. Então relaxe...

Para consultar a lista de revistas avaliadas pelo MEC, clique aqui.

Você perceberá que as revistas são categorizadas por: A1, A2, B1, B2, B3, B4, C... Esse é um sistema de avaliação do MEC/CAPES, que indica a "qualidade" das revistas. Chama-se essas categorias de "Qualis". É importante saber que a relevância das revistas é crescente, sendo as A1 as mais reconhecidas e também as que contam mais pontos no seu Lattes. As categorizadas como C são de baixa relevância. O ideal é conseguir publicar em revistas A1 até B2, sabendo que a exigência quanto à qualidade da produção é também maior nesses casos. Além disso, as filas de espera costumam ser maiores, mas vale a pena!

Dando um exemplo pessoal, meu artigo publicado numa revista categorizada como B2 levou aproximadamente 1 ano e 9 meses para ser finalmente publicado. Então, não adianta ter pressa!

Por fim, faz-se necessário mencionar que, para aqueles que almejam destaque internacional, deve-se priorizar publicações em veículos avaliados como A1 e A2. Os veículos categorizados como B1 e B2 apresentam excelência nacional.

Além disso, note que resumos, resenhas e traduções não têm o mesmo peso e prestígio que um artigo propriamente dito. Ainda assim, podem ser experiências enriquecedoras e trazer maior visualização para o autor em questão.

Espero que as informações aqui apresentadas tenham sido úteis! Agora, bom trabalho e boa sorte! ;-)