terça-feira, 31 de março de 2015

Compartilhando Bibliografias Anotadas

Em continuação à atividade proposta na uc Processos Psicológicos em Elearning, do mestrado em Pedagogia do Elearning (UAB), compatilho aqui as bibliografias anotadas de alguns dos meus colegas de turma, com os respectivos links para seus blogs.



Siemens, G. (2004). O Conectivismo:  A Teoria da Aprendizagem para a Era Digital. Capturado de: http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm. Acedido em: 22 de mar.2015.

O artigo aborda o conectivismo como uma evolução nas teorias da aprendizagem, visto que o mundo evolui de tal forma que a aprendizagem deve ser vista de uma nova ótica. O autor George Siemens faz um confronto de ideias  entre as três teorias da aprendizagem mais utilizadas: behaviorismo, cognitivismo e construtivismo,  para então apresentar o conectivismo.   Esse autor, explica que a sociedade em rede está ligada a diversos meios de veiculação de informações e  diferentes formas de aprendizagem. Ele traz um termo novo que é a “meia vida do conhecimento”. É nesse sentido que Siemens explica a necessidade de revisar as teorias existentes ou mesmo criar novas teorias devido às novas condições. Neste panorama atual, o autor chama a atenção para a necessidade de adaptar ás mudanças para a produção de aprendizagem. Siemens explica que o “Conectivismo é integração de princípios explorados pelas teorias do caos, da rede e complexidade e de auto-organização”. Sendo assim, ele aborda alguns princípios do Conectivismo destacando os desafios da nova realidade, principalmente a gestão do conhecimento e a inovação. Percebe-se nesse artigo a necessidade de o professore estar sempre atualizado e ser um empreendedor do conhecimento, além de ser crítico e estimular os alunos à criticidade e criatividade.
  Por Aparecida Torres (blog)

Andeson T. &  Dron, J. (2011)  Três Gerações de Pedagogia de Educação a Distância. Athabasca University, Canadá. Tradução: João Mattar. TIDD - PUC-SP. Brasil. Capturado de:http://eademfoco.cecierj.edu.br/index.php/Revista/article/viewFile/162/33. Acedido em: 17 de mar.2015.

O artigo dos pesquisadores Anderson e Dron traz uma análise de três gerações de teorias de pedagogia utilizadas na educação a distância. Os autores apresentam as seguintes teorias: cognitivo-behaviorista como a primeira geração que utilizava as cartas e correio; socioconstrutivista como a segunda que fez uso dos meios de massa e conectivista como a terceira geração que utiliza tecnologias interativas áudio, vídeo  internet. Segundo os autores, cada uma dessas teorias se desenvolveu conforme a época e a tecnologia disponível associada às concepções de aluno e aprendizagem. Assim, os autores desenvolvem as análises buscando explicar as presenças cognitiva, social e de ensino em cada uma das teorias apresentadas. Percebe-se que na primeira geração quase não há interação social. O foco é no resultado, portanto valoriza muito o estímulo. Os autores esclarecem que os métodos que se baseiam nesta teoria são muito utilizados em treinamentos. Já a Pedagogia socioconstrutivista tem suas raízes nos modelos de Vygotsky e Dewey que muito valorizam as interações sociais. Neste modelo comunicação tem lugar de destaque. A Pedagogia Conectivista desenvolveu-se na era da informação e da era em rede. É nesse contexto que a aprendizagem conectivista ganha espaço. É a aprendizagem conectada: muitos para muitos. A presença social é intensa. O professor não é o único responsável pela aprendizagem do aluno. Aprendizes e professores trabalham de forma colaborativa. Apesar de apresentarem características diferentes e evoluírem em contextos distintos, os autores esclarecem que nenhuma das teorias anulou a anterior e sim, pelo contrário, ancoraram naquela que precedeu para edificar. Assim como ainda são utilizadas. As teorias e as gerações apresentadas estão estreitamente ligadas ao avanço tecnológico. Sendo assim, os autores chamam a atenção para as próximas gerações web2.0, web3.0, realidade aumentada, etc. Acredito que diante da crescente evolução tecnológica, é mesmo preciso preocupar com novas tendências, principalmente no que tange ao papel do professor e dos designers de curso EaD. Esses deve star tento ao novo aluno que busca o e-lerning e proporcioná-lo a melhor formação pra atuar na sociedade em rede com ética.
 Por Aparecida Torres (blog)

Neste artigo, Anderson e Dron discutem sobre as três gerações da pedagogia de educação à distância. Definem os principais modelos pedagógicos existentes: cognitivo/behaviorista, que predominava numa época em que havia limitações tecnológicas, não havendo presença social e sim um ensino mediado por textos, sons e imagens gravados; o modelo socioconstrutivista, onde a tecnologia já proporcionava oportunidades para interações, centrando a aprendizagem em relacionamentos e experiências e modelo conectivista, onde a aprendizagem passa a ser um processo de construção de redes de informação e contatos, centrando-se em redes de pessoas, artefactos digitais e conteúdo. Descrevem o surgimento desses modelos, principais características, presença nos âmbitos cognitivo, social e de ensino e respectivos pontos fortes e fracos. Professor, aluno e conteúdo existem em qualquer uma das modalidades, porém a relação entre eles se modifica, pois o inter-relacionamento acontece de tal maneira que forma-se uma rede de construção e colaboração, onde o conteúdo é gerado pelo próprio usuário. A eficácia da aprendizagem surge da junção e utilização dos pontos fortes de cada um dos modelos. 
Por Eliane Ciolfi (blog)

Cabero, J. (2006). Bases pedagógicas del e-learning. Revista de Universidad y Sociedad del Conocimiento (RUSC) (Vol. 3, n.° 1. UOC.). recuperado dehttp://www.uoc.edu/rusc/3/1/dt/esp/cabero.pdf

No artigo, Julio Cabero apresenta as características essenciais e as fronteiras delimitadoras da modalidade formativa eLearning. Descriminando algumas das suas vantagens e inconvenientes e partindo do pressuposto de que a tecnologia e as competências tecnológicas mínimas são o ponto de partida deste modelo de trabalho e não variáveis críticas do mesmo, identifica nove variáveis críticas que considera garantirem o êxito das ações formativas no sistema em rede. Assim, os conteúdos, o papel do professor, o papel do aluno, a e-atividade, os aspetos organizativos, os modelos de avaliação, as ferramentas de comunicação, as estratégias didáticas e a comunidade virtual são considerados fatores fulcrais que devem passar por uma revisão profunda de modo a distanciarem-se de práticas educativas tradicionais que não encontram enquadramento num sistema eLearning eficaz. Ao debruçar-se sobre cada uma das variáveis identifica a transversalidade do papel do professor e das instituições e da absoluta necessidade de investigação na área.
Trata-se de um artigo claro, direto e bem estruturado que, na abordagem abrangente e simples dá um panorama genérico das questões complexas que a estruturação de um projeto eLearning exige. Um excelente artigo-base para definir os contornos de reflexão a ter em conta na construção de processos pedagógicos eLearning eficazes.
Por Ana Margarida (blog)

Baran, E., Correia, A. & Thompson, A. (3 nov. 2011). Transforming online teaching practice: critical analysis of the literature on the roles and competencies of online teachers. Distance Education (vol. 32, n.º 3). pp. 421-439. recuperado dehttp://cohortresearch.wiki.westga.edu/file/view/lit+anaysis.pdf  

Considerando que as diferenças entre o ensino online e o tradicional colocam desafios diferentes aos professores, os autores analisam criticamente literatura sobre os papéis e as competências que lhe são exigidas neste contexto. A transformação constante obriga a perspetivar este professor como um aluno em permanência que necessita emancipar e ampliar competências a todo o momento, num processo contínuo de “aprendizagem transformativa”. Depois de identificados os principais papéis e competências do professor online assinalados em diferentes investigações, são apontadas algumas limitações aos estudos existentes por serem diretivos e impositivos e não estimularem a reflexão crítica sobre a experiência, a atuação sobre a realidade e a integração da tecnologia. Os autores consideram que é fundamental a preparação para o dinamismo e multifuncionalidade, para análise crítica, criatividade e cooperação de modo a que os professores tenham uma atitude inovadora e interventiva nos diversos papéis e competências que lhe são exigidas em eLearning.
Por entre a pertinência da reflexão feita pelos autores obtém-se um quadro genérico das principais perspetivas sobre os papéis e as competências dos professores online. Simultaneamente, os autores introduzem uma dinâmica de empreendedorismo pessoal/colaborativo patente no conceito de professor-aluno e na ideia de construção transformativa, evidências que não podem ausentar-se da prática pedagógica emeLearning e, por isso, não podem também distinguir-se da investigação e da formação na área.
Por Ana Margarida (blog)


Anderson, Terry (2008). Teaching in an Online Learning Context. In Anderson, Terry (Ed), Theory and Practice of Online Learning. Athabasca University: Au Press (2ª Edição), acedido a 29 março de 2015 e disponível em http://www.aupress.ca/books/120146/ebook/14_Anderson_2008-Theory_and_Practice_of_Online_Learning.pdf 


Descrição: O Artigo evidencia a importãncia do professor e tutor em ambiente de ensino online, argumentado pelo modelo de Garrison, Archer e Anderson (2000), que fala em 3 dimensões que são; a presença social, a cognitiva e a presença de ensino como factores primordiais para se consolidar uma comunidade que averihue ela própria de forma minuciosa.

Anderson (2009) refere-se a um ambiente na web que crie uma aprendizagem não possível noutro meio. Ambiente esse que devemos percebê-lo através de uma forte percepção. Refere o Autor neste seu artigo que o professor em meio online deve estar o mais presente que possa, mencionando para o efeito práticas e processos técnicos o tornem possível, tornando o método de aprendizagem mais atrativo a todos os que ale acedam o que é uma mais-valia para o Ensino à Distância.

De realçar nos diversos itens que constituem este texto o facto de o Autor elencar 3 elementos que de alguma maneira criticam o papel do professor:

  1. Implementar atividades que atraiam a presença social a interagir.
  2. Desenhar e estruturar o curso de forma correta e atraente.
  3. Estimular a presença alicerçada na cognição, com a colocação de materiais potenciadores e relevantes do seu saber e competências.

Comentário: Do exposto atrás na descrição e da resenha feita ao artigo apraz-me registar que o Autor sugere que existe aprendizagem quando se integram os 3 factores referidos acima da presença social, cognitiva e ensino/professor. A social relacionada com o facto de o sujeito poder desenvolver os seus conhecimentos de maneira sustentada com foco a uma aprendizagem colaborativa. Na cognitiva temos mais o âmbito do pensar de forma crítica que ocorre fruto de um ganho de competências adquiridas. Por fim de destacar a presença do professor que assume neste contexto um papel diferente do que ocorre quando do processo de educar formalmente.
Por António Namorado Costa (blog)


Neste artigo, Terry Anderson aborda a criação de uma comunidade educativa online, destacando três aspectos importantes: presença cognitiva, presença social e presença de ensino. Nesse contexto, considera como elemento mais atrativo a versatilidade do tempo e local na interação educativa, onde o conteúdo é proporcionado em diferentes formatos, com acesso a grandes repositórios de informação. Quanto à presença de ensino, delineia papéis desempenhados pelo professor: concepção e organização da aprendizagem, implementação das atividades incentivando discussões, moderação das experiências educativas e contribuição nos conteúdos de diversas maneiras, procurando criar e manter a presença de ensino. O autor menciona o grande desafio que é a “mistura” adequada entre oportunidades para a interação síncrona e assíncrona, atividades em grupo e trabalhos individuais, além de criar atividades de aprendizagem adequadas às necessidades dos alunos e às competências e estilo do professor, incluindo também capacidade técnica e institucional. Analisa a questão da avaliação da aprendizagem online e importância do feedback, instrução direta e qualidades do e-professor. O assunto mencionado neste artigo trata de questões básicas para a aprendizagem online. Ainda teremos muitas descobertas, mudanças e evolução das tecnologias, influenciando no desenvolvimento do processo, conteúdo, interação e objetos de aprendizagem, implicando, necessariamente, em desenvolvimento de novas competências, novos desafios para alunos e professores.
Por Eliane Ciolfi (blog)


Morgado, L., Pereira, A., Mendes, A., & Aires, L. (2005). Para uma Pedagogia do eLearning: o “contrato” como instrumento mediador da aprendizagemActas do VII Simpósio Internacional de Informática Educativa (SIIE05), 125-130. Acedido a 30/03/2015. Disponível em http://www.niee.ufrgs.br/eventos/SIIE/2005/PDFs/Comunica%E7%F5es/c125-Morgado.pdf


Descrição: Um artigo muito bom e não outra coisa não se esperaria quando olhamos para o rol de Autores. Fundamental como o mesmo aborda, por exemplo, os diversos procedimentos pedagógicos, quer para Docentes, quer para Discentes.  A comunicação interpessoal é mencionada como forma imprescindível a uma boa compreenssão entre os membros ativos nas atividades propostas e nesse contexto possam construir significados que sejam pelas partes partilhados.

No que respeita ao factor preponderante deste artigo que é o Contrato de Aprendizagem, é um tema que sobressai desde logo pela sua importãncia e de como o mesmo incute em todos os que o integram a Responsabilidade inerente ao seu conteúdo e consequente aceitação e por inerência os Deveres que os Discentes e os Docentes têm a partir desse momento em o cumprir ao longo do percurso que dele consta.

Comentário: Este artigo foi escolhido, desde logo por se enquadrar no âmbito que me diz respeito diretamente, enquanto mestrando, logo como fazendo parte dessa responsabilidade que todos devemos partilhar e cumprir na íntegra e quando não o conseguirmos fazer, justificar o facto de forma fundamentada. Esta função do tipo bússola orientadora desse Contrato de Aprendizagem é sem dúvida uma mais-valia quer para os professores, quer para os aprendentes, permitindo-lhes seguir uma linha correta em cada uma das atividades contidas no mesmo, não deixando dúvidas aos seus integrantes o que cada um tem como Dever mas também como Direito implícito ao Contrato. É relevante focar o estudo Empiríco que nos relata o artigo, embora, não esteja com os dados finais mencionados é relevante perceber qual a opinião dos interessados no que concerne aos conteúdos dos Contratos e formas como os mesmos são elaborados, para que se possam afinar agulhas que eventualmente não estejam nas melhores condições.
Por António Namorado Costa (blog)


ANDERSON, T. (2004). Teaching in an online learning context. Theory and practice of online learning, 273-294. 

Terry Anderson, um dos expoentes da Educação a Distância, professor da Universidade de Athabasca, entre outros vários cargos ligados ao estudo e investigação do Elearning, destaca- se como um grande teórico dos processos de aprendizagem online. O autor foca o artigo na questão do papel do professor online, partindo do modelo teórico de Garrison, Anderson e Archer (20001 ). Neste sentido, parte de conceções cognitivas, sociais e de ensino para o estabelecimento de experiências de aprendizagem - comunidades de inquirição. Apontando técnicas e práticas que devem nortear a aprendizagem online, assim como o desenho e a própria estrutura que devem qualificar um curso online, reforça-se a importância das interações que se estabelecem entre aluno, professor e conteúdo. É evidente o papel do professor online como tutor e mediador dessas interações, como elemento que cria, personaliza e partilha conteúdos e atividades pedagógicas. Desta forma, Anderson promove uma importante reflexão sobre as três componentes de presença de ensino, conceção e organização, que são fundamentais para um professor online adequado à sociedade em rede atual.
Por Hélder Pereira (blog)


SIEMENS, G. (2010). Teaching in social and technological networks. Connectivism. Recuperado de http://www.connectivism.ca/?p=220. 

George Siemens, um dos nomes mais importantes do Ensino a Distância, professor assistente da Universidade de Athabasca, entre outros cargos, destaca-se como teórico dos processos de aprendizagem online, nomeadamente no que respeita ao Conectivismo. O autor foca o artigo nos impactos da integração da tecnologia no processo de ensino- aprendizagem. Assim, partindo das limitações das teorias behavioristas, cognitivistas e construtivistas, Siemens propõe o Conectivismo como a teoria da aprendizagem da era digital. O autor defende que a integração da tecnologia em Educação incita a uma mudança do paradigma educativo e reconfigura o papel do professor. Esta mudança deve ser concebida numa dimensão sistémica, na qual o professor é o influenciador e o instigador do conhecimento. Para que a aprendizagem seja efetiva são importantes as interações que se desenvolvem, num cenário de aprendizagem que deve ser centrado no aluno. O processo de aprendizagem passa a ser, com o modelo conectivista, predominantemente colaborativo, partilhado, tecnológico e digital, características essenciais da aprendizagem de e para uma sociedade em rede.
Por Hélder Pereira (blog)


segunda-feira, 30 de março de 2015

Bibliografia Anotada

Deixo aqui o link para a atividade desenvolvida em cumprimento às exigências da uc Processos Pedagógicos em Elearning, do mestrado em pedagogia do elearning, UAB.



terça-feira, 24 de março de 2015

Video para Refletir

Hello, everyone!

Hoje venho compartilhar um vídeo bem humorado que nos faz refletir sobre as necessidades da incorporação das novas tecnologias desde cedo na vida dos alunos do século XXI. Já muito habituados e familiarizados com a internet e seus recursos, seria apropriado que a escola desconsiderasse tal realidade e insistisse em tecnologias ultrapassadas, que nada condizem com o dia a dia de seus alunos?


A incorporação das tecnolgias digitais passa por sérias questões, desde adaptações curriculares até o devido preparo de professores, entre outros. Porém, ainda que não seja uma tarefa fácil, é urgente que se pense e aja no sentido de modernizar o ensino e aproximá-lo das necessidades dos alunos, favorecendo-os a atingir o sucesso no mundo atual. Concordam ou discordam?

Vídeo:
(Original taken from the show "Øystein og jeg" on Norwegian Broadcasting (NRK)in 2001. With Øystein Backe (helper)and Rune Gokstad (desperate monk). Written by Knut Nærum)

quinta-feira, 5 de março de 2015

TICs e Educação - O Papel do Professor

A internet trouxe consigo mudanças sociais, políticas e econômicas que vieram para ficar. É possível que ela evolua ainda, que se altere, mas algumas das coisas que ela proporcionou à nossa cultura não têm mais volta. Neste sentido, menciono especialmente o fato de atualmente estarmos todos conectados, seja em casa ou no trabalho, seja pelos dispositivos móveis ou computadores desktops, a qualquer hora, em qualquer lugar. Além de podermos acessar a rede com imensa facilidade, também nos tornamos "reféns" dela, pois podemos ser igualmente acessados e localizados. Mas, é bem verdade que, apesar de sermos localizáveis, podemos estar em vários lugares ao mesmo tempo. A isto, dá-se o nome de ubiquidade.


A rede é construída e mantida por todos os seus usuários e a quantidade de informações que circulam por ela é incontável. Não só as informações são numerosas, mas também os recursos por ela oferecidos. E é exatamente em meio a tantas informações e recursos que o internauta se perde. Não é incomum ligarmos um dispositivo para, por exemplo, comprar o ticket de um show e, após horas de navegação na web, termos esquecido completamente de fazê-lo. Cada internauta costuma ter seu próprio ritual de utilização da internet. Eu, por exemplo, sempre acesso determinados sites ou aplicativos ao ligar o computador. Abro várias abas no meu navegador e acesso minhas duas contas de email, o Facebook, por vezes acesso meu portal acadêmico e só então vou atrás do meu real objetivo na internet. Confesso que após este percurso inicial, não é raro eu me distrair com outros assuntos e esquecer o que ia mesmo fazer no computador.

No entanto, ainda que a rede tenha um grande potencial para distrair seus usuários, não podemos deixar de reconhecer seus infinitos benefícios. As crianças e jovens de hoje já estão tão imersos nesse contexto que mal conseguem desconectar-se da internet. Para eles, acessar informações a qualquer hora e de qualquer lugar é uma prática comum e que, muitas vezes, incomoda uns e outros, a citar professores adeptos de uma educação mais tradicional e hierárquica, na qual eles eram os principais detentores do conhecimento, figuras de poder. Hoje não há nada mais sábio do que a rede. Lá estão todas as informações possíveis e imagináveis. Portanto, a internet (principalmente a acessada pelos dispositivos móveis) tem sido para muitas escolas um monstro assustador e, por não saberem lidar com isso, fazem uso de uma estratégia que sempre é mal sucedida: proíbem seu acesso.

Com isso, deixam seus alunos frustrados e tentam ensiná-los de forma completamente descontextualizada de sua realidade, tornando assim a escola desinteressante. Ao meu ver, professores que resistem à incorporação dos recursos da rede e das TICs em suas práticas estão fadados ao fracasso e, por que não, à morte de suas carreiras profissionais.

É fundamental que qualquer profissional do séc. XXI busque constante atualização para ter sucesso profissional. Em um cenário de excesso de informações, tudo o que não se renova é rapidamente abandonado, cai em desuso, é substituído por algo mais moderno. Assim acontece com informações, recursos e também com pessoas. O professor não está livre disso. Negar o avanço das tecnologias não garantirá que ele não seja vítima dela.

O papel do professor está mudando e o que precisa ser ensinado hoje é como utilizar todos os recursos que a rede nos disponibiliza. Como filtrar, selecionar, saber aproveitar o mar de informações lá existente. Qualquer um pode publicar o que quiser na internet, mas é preciso formar alunos que saibam avaliar quais destas informações são merecedoras de confiabilidade, credibilidade. É preciso orientá-los também a respeito das diferenças existentes entre informações online e informações impressas e porquê é importante saber fazer uso de recursos variados.

Sobretudo, podemos dizer que o papel do professor é o de formar seres humanos íntegros, éticos e qualificados para atuar no mundo fora da escola. Porém, o mundo não é estático. Ele muda e não é concebível que o professor não o acompanhe.

Imagens: