quarta-feira, 28 de maio de 2014

EDM e LAK - Siemens e Baker

Um curto artigo escrito por Siemens e Baker (Learning Analytics and Educational Data Mining: Towards Communication and Collaboration) fala sobre duas importantes comunidades: EDM (Eduactional Data Mining) e LAK (Learning Analytics and Knowledge).

Ambas as comunidades se dedicam a melhorar a qualidade da análise de dados educacionais em larga escala, apoiando pesquisa básica e prática em educação. Suas atenções estão voltadas para a melhoria das avaliações, como problemas são resolvidos em contextos educacionais e como intervenções são planejadas e selecionadas.

No entanto, é possível apontar diferenças entre EDM e LAK. A seguinte tabela traz as principais distinções:



Vale destacar que, apesar de focos diferentes, uma comunidade tem muito a acrescentar à outra. Para os autores, uma competição amigável entre elas pode significar muitos benefícios a ambas e também à ciência.


domingo, 25 de maio de 2014

Big data, Analytics & Higher Education

O texto Penetrating the Fog: Analytics in Learning and Education traz reflexões interessantes sobre as vantagens de se usar tecnologias e especialmente redes sociais na educação. Um dos fortes argumentos favoráveis à utilização destes recursos, é o fato de que tudo fica documentado e pode ser usado como dados de investigação e pesquisa. Por exemplo, discussões que ocorrem em sala de aula podem ser rapidamente esquecidas, enquanto uma discussão através de uma rede social deixa rastros escritos e que podem ser acessados por todos os participantes a qualquer momento.

Siemens e Long fazem também a distinção entre termos como "Big data", "Learning Analytics" e "Academic Analytics", além de apresentar como eles podem nos ajudar a construir uma educação superior de melhor qualidade e com menos evasão.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Conectivismo: Futuro X Passado

Lendo o artigo Connectivism: Learning theory of the future or vestige of the past?, de Rita Kop e Adrian Hill, achei contraditório sentir tanta falta de uma versão impressa do texto que fala justamente sobre tecnologias na educação. Realmente não gosto de ler sem grifar ou anotar observações e isso ainda me parece ser bem mais simples com o papel e um lápis na mão. Conclusão: preciso providenciar urgentemente o conserto da minha impresora!

Alguns trechos que destaquei da leitura:


  • Connectivism stresses that two important skills that contribute to learning are the ability to seek out current information, and the ability to filter secondary and extraneous information. Simply put, “The capacity to know is more critical than what is actually known”

  • The learning process is cyclical, in that learners will connect to a network to share and find new information, will modify their beliefs on the basis of new learning, and will then connect to a network to share these realizations and find new information once more. Learning is considered a “. . . knowledge creation process . . . not only knowledge consumption.”

  • knowledge does not reside in one location, but rather that it is a confluence of information arising out of multiple individuals seeking inquiry related to a common interest and providing feedback to one another.

  • maximization of learning can best be achieved through identifying the properties of effective networks

  • Connectivism --> explaining behavioural performance and moral development in specific contexts is concerned. 

  • The concept of emergent, connected, and adaptive knowledge provides the epistemological framework for connectivism as a learning theory

  • Kerr (2007a) contends that the relationship between internal and external knowledge environments was accounted for in Vygotsky's formulation of social constructivism, long before any explanation was provided by connectivism.

  • Vygotsky, whose name is inherently linked to social constructivism, saw two important elements in the learning process: ‘language’ and ‘scaffolding.’ Vygotsky noted how self-talk in children serves as a means by which learners may work through complex problems by externalizing them as a form of self-guidance and self-direction. From a cognitive development standpoint, this observation is important because the child’s social interaction with others helps formulate private speech in the child. Instructional scaffolding provides support for learning and problem solving through the use of hints, reviewing material, encouragement, and reducing complex problems into “manageable chunks” (Woolfolk, 1995, p. 49). The relationship between the individual and external knowledge is present in the relationship between what is known by the learner in question, and that knowledge to which the learner is being exposed. (LINK com ZDP)

  • Kerr (2007a) suggests that the ideas that are the basis of connectivism have already been developed by Clark, and that recent widespread recognition for the work of connectivism is due to the high visibility of networks in the current age (e.g., the Internet) compared with in the past.

  • Connectivism --> knowledge ‘not being acquired, as though it were a thing.’

  • Verhagen (2006) -->  he is not convinced that learning can reside in non-human appliances. 

  • Siemens argues that “knowledge does not only reside in the mind of an individual, knowledge resides in a distributed manner across a network . . . learning is the act of recognizing patterns shaped by complex networks.’ These networks are internal, as neural networks, and external, as networks in which we adapt to the world around us (Siemens 2006b, p. 10). 

  • Connectivism X Construtivism --> Language is not responsible for how we think (it may describe how we think only) --> "thinking is actually the arrangement of ‘pieces’ which are then matched to desirable (or undesirable) outcomes."

  • “Although meanings are in the mind, they find their origin and significance in the community in which they were created. . . It is culture that provides the tools for organizing and understanding our worlds in communicable ways” (Bruner 1999, p. 149). 



O texto traz também informações de como deve ser o professor/tutor desse período histórico em que vivemos, ressaltando sua importância, mas alertando para o seu possível desaparecimento em alguns contextos, nos quais alunos aprendem com seus próprios pares.

sábado, 17 de maio de 2014

Repensando as Avaliações

João Mattar faz reflexões interessantes sobre as avaliações no texto Avaliação 2.0.
A publicação é rica em links e traz diversas referências. O texto relacionado (e também lido por mim) é Media Literacy: Making Sense Of New Technologies And Media by George Siemens - Nov 28 09

O assunto é algo que venho pensando a respeito faz algum tempo. Minhas próprias experiências em sala de aula com o uso de tecnologias já me deixou em situações delicadas. Lembro-me de quando utilizei redes sociais e outros recursos com alunos do Ensino Médio. Houve uma boa adesão por parte dos alunos às atividades propostas. Era possível ver o quanto o envolvimento da turma com o meu componente curricular crescia e, pelas atividades realizadas, também pude constatar que eles estavam adquirindo o conhecimento esperado. No entanto, eu não tinha autorização do colégio para usar as ferramentas tecnológicas e as atividades a elas relacionadas como instrumentos avaliativos, ou seja, as avaliações tinham que continuar acontecendo da forma tradicional. Vivenciei então uma intensa frustração ao notar que as notas não refletiram o salto qualitativo que eu assistia da turma. A explicação mais coerente que encontrei para o fato é a de que qualquer mudança de estratégia tem que ser acompanhada de uma mudança na avaliação para que seus resultados façam sentido. Acho toda essa discussão muito válida, pois as avaliações de hoje ainda estão fortemente baseadas nos modelos de muitos e muitos anos atrás, onde não apenas os ambientes de aprendizagem eram diferentes, mas principalmente os aprendizes.

Destaco da leitura o seguinte trecho: "Segundo ele [George Siemens], dar notas é uma perda de tempo. [...] Siemens acha que essa é uma abordagem errada: deveríamos questionar o modelo, não modernizá-lo."


A discussão me fez lembrar de uma excelente palestra que assisti em janeiro deste ano, dada pelo prof. Mestre Vasco Moretto, especialista em Avaliação Institucional.

domingo, 11 de maio de 2014

A Segunda Leitura

A leitura de hoje foi do blog do João Mattar:


O texto explica em poucas palavras o que é o conectivismo e porquê ele é inovador. Uma das coisas importantes a se destacar sobre a teoria do conectivismo diz respeito à experiência. Muitas teorias existentes até hoje defendem a experiência como essencial à aprendizagem. Porém, como é impossível que eu experiencie tudo, minha aprendizagem pode valer-se da experiência de outras pessoas com as quais eu interajo (estabeleço conexões). A aprendizagem, portanto, é um processo que pode acontecer fora do indivíduo. Por exemplo, a tecnologia, e não mais o sujeito, é quem armazena e recupera informações.

Vale-se lembrar também que o conhecimento hoje não é mais adquirido de forma linear, graças aos recursos tecnológicos existentes e às suas utilizações.


Reflexão:

Ao assumirmos que a aprendizagem pode acontecer fora to sujeito, desconsideramos a internalização como parte do processo de aprendizagem. Seria esta uma das diferenças entre o conectivismo e o construtivismo de Vygotsky?

Conectivismo - Getting Started

Inicio aqui minhas investigações sobre o CONECTIVISMO.
A intenção é registrar minha trajetória, minhas reflexões e também minhas dúvidas, para as quais espero ir encontrando as respostas pelo caminho...


Minha primeira leitura foi a tradução do artigo "CONECTIVISMO - Uma Teoria de Aprendizagem para a Idade Digital"


O texto traz uma breve explicação do behaviorismo, cognitivismo e construtivismo. Faz críticas às três teorias e diz que o desenvolvimento de determinadas tecnologias é responsável por profundas mudanças sociais e também na forma como as pessoas aprendem, constroem conhecimento e armazenam informação. Além disso, apresenta o que é o conectivismo e como ele surge.


Algumas impressões sobre a leitura: 

Senti falta de maior explicação de alguns termos. Talvez seja culpa da tradução, que fez com que determinadas palavras, frases ou trechos soassem estranhos. Provavelmente seja culpa minha também, pois essa é minha primeira leitura, ou seja, sou leiga no assunto. De qualquer forma, fiquei com algumas dúvidas. Como exemplo, tem a seguinte frase: "A organização e o indivíduo são ambos organismos que aprendem."
A palavra "organização" aparece outras vezes (assim como "auto-organização") e fiquei me perguntando o que exatamente ela queria dizer: Meio social do indivíduo e a forma como ele está organizado? Não entendi direito. Talvez fique mais claro após eu fazer mais leituras que discutam o termo. É que, para mim, a palavra "organização" lembra empresa, ou "arrumação", dependendo do contexto. Nesse caso, deve estar mais próximo do segundo significado, mas, então, seria uma organização do quê exatamente? E como ela aprende?

Outra passagem: “Um dos fatores mais persuasivos é o encolhimento da duração do conhecimento para metade. A “meia-duração do conhecimento” é o tempo de duração desde que se obtém o conhecimento até que ele se torne obsoleto.
Eu gostaria de entender melhor o que, para o autor, é conhecimento e como ele se difere de informação. É mesmo o conhecimento que fica obsoleto ou a informação?

Mais uma frase que chamou a minha atenção no texto, mas por outro motivo: "Conexões entre idéias e campos muito diferentes podem criar novas inovações." (p.5) - NOVAS INOVAÇÕES? Se é inovação, não é necessariamente nova?



Durante a leitura, percebi que a teoria da complexidade foi mencionada algumas vezes. Portanto, sua compreensão deve ser importante para a continuidade dos meus estudos. Preciso encontrar textos ou vídeos que me ajudem a compreendê-la.


Trechos que destaco:

  • "A aprendizagem é um processo que ocorre dentro de ambientes nebulosos onde os elementos centrais estão em mudança – não inteiramente sob o controle das pessoas. A aprendizagem (definida como conhecimento acionável) pode residir fora de nós mesmos (dentro de uma organização ou base de dados), é focada em conectar conjuntos de informações especializados e as conexões que nos capacitam a aprender mais são mais importantes que nosso estado atual de conhecimento"
  • "A habilidade de distinguir entre informações importantes e não importantes é vital."
  • Princípios do conectivismo
  • "a internet alavanca os pequenos esforços de muitos com os grandes esforços de poucos"
  • "amplificação da aprendizagem, conhecimento e compreensão através da extensão de uma rede pessoal é a síntese do conectivismo."